sábado, 30 de novembro de 2013

Importância da Comunicação (a distância) na Aprendizagem

UFC - Universidade Federal do Ceará
Instituto UFC Virtual
Pró-Reitoria de Pós-Graduação
Coordenadoria de Pesquisa, Informação e Comunicação de Dados
Divisão de Planejamento e Ensino
Curso: CFCT - Curso de Formação Continuada de Tutores Turma 2013/2
Turma: T-31 - Química
Aula 03: Importância da Comunicação
Professor Formador: Fernando Antonio de Castelo Branco e Ramos
Cursista: Dafne Cavalcante
Data: 30/11/2013

            A comunicação humana pode ocorrer de diversas formas, como por exemplo, verbal, sonora, visual, textual. Atualmente, com o advento das tecnologias, o diálogo verbal está sofrendo bastante concorrência com o virtual. Não é incomum estarmos em uma reunião familiar, ou com amigos, todos em silêncio, interagindo através de seus smartphones.

            Neste caso ocorre bastante comunicação, muitas trocas de ideias, opiniões e diálogos. Nesses momentos, pessoas que tem dificuldade de manifestar suas opiniões de forma verbal tem mais oportunidade de se expressar. Na educação a distância não é diferente, alunos mais tímidos podem ser bastante participativos e os professores-tutores tem uma excelente oportunidade de aproveitar melhor a turma.



               Porém o uso dessas tecnologias sofrem um certo preconceito, como no primeiro exemplo, no qual as pessoas muitas vezes são acusadas de cometer Phubbing (Ph = Phone / Snubbing = Esnobar), ou seja, ignorar as relações “reais” em detrimento das “virtuais”. Mas não seriam essas relações virtuais também reais? Quando trabalhamos e nosso dinheiro “aparece” na conta e usamos o cartão de credito, e esse valor diminui, sem nem tocamos no dinheiro em espécie, não estamos realizando transações reais? Ou quando somos apresentados por amigos através das redes sociais, e fazemos amizades, não é real?

             Em uma rápida pesquisa sobre o assunto encontrei um artigo intitulado “Phubbing: a tecnologia acabando com o diálogo”. Mas usar o celular para comunicação não é uma forma de diálogo? Pesquisas apontam que 87% dos adolescentes preferem se comunicar por mensagens de texto em vez da modalidade "cara-a-cara", dentro desse novo paradigma da comunicação a educação a distância está na vanguarda, pois prioriza a comunicação textual através de gadgets, como computador, notebooks, tablets, smartphones.



              Já ouvi relatos de alunos reclamando de parentes ou amigos, pois quando estão nos AVAs “não acreditam” que estejam estudando e solicitam atenção física. Claro que não podemos exagerar e cair num ciclo de afastamento das situais verbais e do contato físico, pois todo tipo de exagero pode ser prejudicial. Mas também devemos nos conscientizar que as relações virtuais são reais também, os educadores devem estar a par das últimas tecnologias de interação e comunicação, para que possam ser exploradas ao máximo afim de desenvolvermos nossas potencialidades.


Fonte: http://cristianonabuco.blogosfera.uol.com.br/2013/08/21/phubbing-a-tecnologia-acabando-com-o-dialogo/#fotoNav=6

domingo, 24 de novembro de 2013

Os pilares da EaD

UFC - Universidade Federal do Ceará
Instituto UFC Virtual
Pró-Reitoria de Pós-Graduação
Coordenadoria de Pesquisa, Informação e Comunicação de Dados
Divisão de Planejamento e Ensino
Curso: CFCT - Curso de Formação Continuada de Tutores Turma 2013/2
Turma: T-31 - Química
Aula 03: Os pilares da Educação segundo Paulo Freire
Professor Formador: Fernando Antonio de Castelo Branco e Ramos
Cursista: Dafne Cavalcante
Data: 25/11/2013



             A modalidade de ensino através da educação a distância não deveria em nada diferir de outras com relação aos pilares que a sustentam, que, segundo Paulo Freire, são: amor, humildade, fé nos homens, esperança e, um pensar crítico.

       Refletindo sobre algumas palavras deixadas pelo autor, podemos perceber como o comportamento, as habilidades e interesses de quem se predispõe a ser educador, podem contribuir com a inclusão social, o desenvolvimento da consciência crítica, o diálogo nas práticas educativas e a troca de conhecimentos entre as pessoas.



“A educação é um ato de amor, por isso, um ato de coragem. Não pode temer o debate. A análise da realidade. Não pode fugir à discussão criadora, sob pena de ser uma farsa”.

         Com esta fala, o filósofo relaciona a prática educacional ao sentido que o amor tem às relações humanas. Através desse amor, que muitas vezes percebemos sob a forma de interesse pela excelência, pode-se alcançar as transformações desejadas. Consciente dessa importância, o professor-tutor deve nortear cada etapa das atividades necessárias ao seu trabalho, buscar estar sempre atualizado e comprometido com a realidade dos educandos.




“A humildade exprime, uma das raras certezas de que estou certo: a de que ninguém é superior a ninguém.”


            Os processos de ensino e de aprendizagem envolvem relações, diretas ou indiretas, entre pessoas. Necessitam de constante reflexão e interesse em enfrentar as dificuldades de comunicação. O que muitas vezes ocorre é a tendência do aluno se colocar em um patamar inferior ao professor e este, não raramente, quando tem deficiência na postura de humildade, rejeitar a empatia dos estudantes.



“Se nada ficar destas páginas, algo, pelo menos, esperamos que permaneça: nossa confiança no povo. Nossa fé nos homens, na criação de um mundo em que seja menos difícil amar”

             Com estas palavras, o educador brasileiro, defende a necessidade dos sentimentos positivos nos processos educativos. Se partirmos da ideia que todas as coisas que já foram criadas são produtos do pensamento positivo, dos sonhos e força de vontade de realizar algo – ou seja, da fé – a construção e desenvolvimento do conhecimento não poderiam ser diferentes.



“Somos, sem dúvidas, homens e mulheres cheios de esperança, pois temos que ter esperança do verbo esperançar, porque há outros que têm esperança do verbo esperar, não é esperança, é espera: eu espero que dê certo, espero que funcione, espero que resolva… Esperançar é ir atrás, é juntar, é não desistir.”

          Freire justifica a esperança, como um pilar da educação, não no seu sentindo de inércia, como se o agente da educação esperando por uma casualidade feliz, acredite que “as coisas estão boas assim como são”, ou “alguém vai dar um jeito”, ou “um dia se resolve”; mas no sentindo do entusiasmo, da transformação de uma realidade não ideal em busca dos objetivos.




“não há diálogo verdadeiro se não há nos seus sujeitos um pensar verdadeiro. Pensar crítico.”
 
            O autor finaliza defendendo a importância do diálogo na formação do pensar crítico. A busca por uma maior consciência social leva os indivíduos a refletirem sobre sua realidade e solidariamente construírem novas realidades através da educação. Este último, mas não menos importante, pilar tem sua potencialidade desenvolvida através do diálogo crítico e constante, que deve ser o cotidiano de qualquer plataforma de EaD.

sábado, 16 de novembro de 2013

Mapas Mentais

          Mapas são ferramentas bastante utilizadas pelo ser humano desde a antiguidade. São tão antigos, que não se sabe ao certo quais são os primeiros mapas confeccionados e utilizados por algum povo.

          O mapa da Babilônia chamado de GA-SUR, datado de 2500 a.C. feito num tablete de argila é considerado um dos mais antigos do mundo.

GA-SUR, 2500 a.C.


          Uma parede pintada, denominada de CATAL HYÜK, datando de 6297 a.C., parece descrever a planta de uma cidade com 80 edificações, provavelmente Catal Hyük, Turquia.


CATAL HYÜK, 6297 a.C.
CATAL HYÜK, representação em 3D

CATAL HYÜK, mapa original



            Na era medieval surgiram os primeiros mapas mentais. Isidore de Seville, em 560 d.C., ficou conhecido por suas representações gráficas sobre a natureza, a etimologia das palavras, as coisas.

Representação medieval da Genealogia de Cristo.

Isidore of Seville, T-O mappamundi, 1472 d.C.

Isidore of Seville, De Natura Rerum


           Por volta de 1300 e também no século XVI, através do mapa em formato de árvore, poderia ser visualizada a árvore do conhecimento (Arbor scientiae), a árvore da lógica (Árvore de Porfírio), árvore da gramática, árvore das batalhas, árvore do patrimônio e árvore da justiça (Arbor judiciaria).

Arbor scientiae (Ramon Llull), séc. XIII


          Atualmente, no novo cenário da era digital, a sociedade do conhecimento e mundo globalizado exigem novas estratégias de pesquisa e aprendizagem. Nesse cenário, as técnicas para o mapeamento de redes do conhecimento contribuem para organização do saber, estruturação da pesquisa e registro da aprendizagem. Seu uso combinado com outras estratégias de ensino proporcionam novas experiências de aprendizagem.

        
          Existem inúmeros softwares para mapeamento, que trazem grandes contribuições no processo de organização e construção de sentidos e significados. Por exemplo, Cmap Tools, Nestor Web Cartographer, Compendium, Freemind, MindManager, e o CHIC (Classificação Hierárquica, Implicativa e Coesitiva), xMind, além de serviços online de criação de mapas como o wordle.

          Compartilho meu mapa mental, construído no Cmap Tools, para a disciplina que estou cursando esse semestre “Integração das Tecnologias e CurrÍculo”. O mesmo foi elaborado no decorrer do curso de pós-graduação em Ensino de Ciências e Matemática pela UFC. Utilizei conceitos que considero importantes, sobre “mapas” baseado na vídeo-aula de Alexandra Okada, que assistimos durante o curso.

Exemplo de Mapa Mental, Cmap Tools

 
          Mapas para organizar o saber podem favorecer reconstrução e a troca de novos significados e trazer uma maior compreensão e tomadas de decisões. São excelentes ferramentas para estudo individual ou coletivo e podem ser construidos em plataformas colaborativas e divulgadas em ambientes de EaD, por exemplo.

         Mais importante que dominar um assunto, na atualidade, é saber onde e como encontrar a resposta dos problemas cotidianos.


Fonte:

OKADA, A.(2008). O que é Cartografia Cognitiva e por que mapear redes de conhecimento? In: Okada A. Cartografia Cognitiva: Mapas do conhecimento para pesquisa, aprendizagem e formação docente. Cuiabá: Editora KCM – Coleção CoLearn. (p.37-65)